Pontos de Interesse
1 – Capela de Nª Srª da Esperança;
2 – Janela Manuelina;
3 – Igreja Matriz de S.João Baptista;
4 – Casa de Ouintela;
5 – Alminhas;
6 – Sepulturas antropomórficas;
7 – Abrigo do Pastor;
8 – Sepulturas antropomórficas;
9 – Poldras sobre a ribeira de Ludares;
10 – Ponte e azenha na ribeira de Ludares;
11 – Sepultura antropomórfica;
12 – Quinta do Coval
Águas que recordam o passado e agitam o presente
Quintela de Azurara, enquadrada a norte pelo rio de Ludares e a sul pela ribeira de Ludares, é uma das povoações mais antigas do Concelho de Mangualde. Assim o atestam os inúmeros achados arqueológicos, sobretudo do período romano, bem como as ainda presentes sepulturas antropomórficas, do período medieval, que este percurso irá em parte revelar.
A abundância de água permitiu ao longo dos séculos uma economia de subsistência muito particular, dramaticamente interrompida pelas grandes transformações sociais, políticas, culturais e tecnológicas da segunda metade do séc. XX. A Quinta do Coval é o bucólico e nostálgico exemplo dos tempos em que as más dos moinhos de rodízio giravam dia e noite, moendo o milho, o centeio, o trigo e a cevada. Cereais que, depois de cultivados, eram malhados e secados nas grandes eiras que agora aguardam nova vida, sem grãos, ao sol.
Descrição do Percurso
O percurso parte da Capela de Nª Srª da Esperança afastando-se da povoação através dos seus terrenos agrícolas, grande maioria dedicados à vinha e bordejados por oliveiras, carvalhos, pinheiros e sobreiros. Em Canelas, permite a observação de uma janela manuelina, e daqui segue de novo para Quintela de Azurara, onde pode ver a Igreja de São João Baptista e a Casa de Quintela. Segue para nascente, por caminhos em área florestal dominada pelo pinheiro-bravo, num troço marcado por dois núcleos de sepulturas antropomórficas e por cénicos caminhos entre muros de granito, pontuados nalguns entroncamentos por Alminhas. Ao reaproximar-se de Quinte la de Azurara, cruza a ribeira de Ludares, sobre poldras e, pouco adiante, de novo a cruza, desta feita sobre uma antiga ponte em granítico em zona de especial beleza, agraciada por uma antiga azenha. Visita uma sepultura antropomórfica e a partir daqui acompanha o curso da ribeira de Ludares e a sua frondosa galeria ripícola onde se destacam alguns notáveis núcleos de choupo. Na Quinta do Coval somos desafiados a imaginar vida onde agora reinam as pedras em ruína.
O retorno a Quintela de Azurara faz-se por caminho florestal em área de produção de pinheiro e eucalipto.
Rio e ribeira de Ludares
Permite a aproximação a quatro sepulturas megalíticas: a Orca da Palheira destaca-se das demais pela robustez dos seus esteios e chapéu de cobertura, além da construção murada que hoje a envolve; as duas Orcas do Ameai, mais modestas que a da Palheira, elevam a já extraordinária cenografia natural do lugar; e a Orquinha da Víbora, como o nome já indica, é a menos vistosa das quatro, ainda sob intervenção arqueológica. Fora do PRl, mas ainda no circuito,o impressionante Dólmen da Orca (MN).