Pontos de Interesse
1 – Grutados Mouros/ Moor’s Cave;
2 – Quedas de água do Silvai/ Silvai Water falls;
3 – Minados Mouros/ Moor’s Mine;
4 – Cadavau;
5 – Quedas de água da ribeira da Lavandeira/ Lavandeira Creek Waterfalls;
6 – Espaço de Lazer de Virela/ Virela Leisure Area;
7 – Albufeira de Ribeiradio / Ribeiradio Reservoir;
8 – Solar de Maria Cristina/ Maria Cristina Manorhouse;
9 – Espigueiros/ Granaries;
10 – Pegas e Poço dos Pegas/ Pegas and Pegas Well;
11 – Poço dos Tombos/ TombosWell;
12 – Pego na Ribeira dos Tombos/ Deeppoolat TombosCreek;
13 – Quedas de água da Pena Quebrada/ Pena Quebra da Waterfalls
Pelos Caminhos da Água
Acompanha os cursos da riba da Lavandeira e do rio Gaia, no setor poente, e da riba dos Tombos, no setor nascente. A riba da Lavandeira é a primeira a surgir, envolvida por lameiros irrigados através de levadas talhadas pelas populações que destes solos férteis dependiam. Além de fonte de vida, tornou-se também importante artéria viária, tendo as gentes da região aproveitado as suas margens para construir um caminho que durante séculos serviu de serventia aos campos de cultivo e que, hoje, é calcado ao longo de parte deste percurso. A sua foz obriga a uma pausa na caminhada, precipitando-se de forma espetacular num penhasco e mergulhando aí no leito do rio Gaia, no qual segue viagem até às águas do Vouga, a norte.
No setor nascente, a riba dos Tombos não poderia ter nome mais apropriado, já que os desníveis do seu leito são uma das suas mais evidentes características, criando admiráveis quedas de água, temperamentais de acordo com os índices de pluviosidade.
Descrição do Percurso
É a sul de Vila Chã que damos início à caminhada, passando pela curiosa formação rochosa conhecida por Gruta dos Mouros. Uma passagem que marca o abandono da civilização e o início da jornada pelo mundo natural dos vales, ribeiras e florestas. Em descida, o trilho segue por entre os lameiros da encosta da margem direita da ribª da Lavandeira, mantendo-a no seu encalço quase até à sua foz, afastando-se somente alguns metros para atingir o fundo do vale e atravessar o leito do rio Gaia, em troço coincidente com o do PR2 – Percurso do Gaia. Reencontra a ribª da Lavandeira sob a forma de cascata, precipitando-se de um penhasco para mergulhar nas águas do Gaia, que o trilho acompanhará rumo a norte. Ao longo dos seus meandros, passa por ruínas de moinhos e levadas, numa paisagem em constante mutação, conforme as estações do ano. São muitos os poços, as marmitas de gigante e as pequenas quedas de água ao longo deste troço que culmina na foz do Gaia no rio Vouga. Percorre a aldeia de Farnel o (1) e passa a acompanhar o curso da ribª dos Tombos, cheia de grandes desníveis que criam espetaculares quedas de água, em especial a da Pena Quebrada, antes da reta final do percurso rumo às povoações de Porcelhe, Santa Cruz e Vila Chã.
Levadas
Ao longo do percurso, onde quer que se encontre um moinho, é muito provável que se encontre também uma levada. Pela natureza inconstante dos rios e ribeiras, na hora de erguer um moinho havia que pensar na vida
e na agitação das águas ao longo do ano. Razão pela qual muitas vezes se encontram moinhos afastados dos leitos. Havia então que conduzir as águas ao seu interior, desviando-as do seu curso natural por canais feitos pelo Homem, criando nalguns casos extraordinárias e complexas redes hídricas.