Carregal do Sal

Rota dos Narcissus

Distância
14 km
Duração
5h
Acumulado
+425 m
Tipo de Percurso
circular

Pontos de Interesse

1 – Abrigo da Orca;

2  Dólmenda Orca;

3 – Orca 1 do Ameal

4 – Orca 2 do Ameal;

5 – Penedo da Víbora;

6 – Víbora – Marco Geodésico;

7 – Orquinha da Víbora;

8 – Rio Mondego;

9 – Zona de interesse florístico

Na senda do raro Narcissus scaberulus

O Narciso é uma planta bulbosa, da família Amory/lida- ceae, relativamente comum no território nacional. Mas há uma espécie que, pela sua distribuição geográfica restrita a nivel mundial, mereceu a criação de um Sítio de Importância Comunitária (SIC Carregal do Sal – Rede Natura 2000) e de um percurso pedestre a ela dedicada. É o Narcissus scaberu/us e foi primeiramente descrito por Júlio Henriques, o mais notável botânico português do séc. XIX.

Distribuída pelas encostas dos vales dos rios Mondego, Seia e Cobrai (afluente do Seia), prefere os solos pobres, geralmente rochosos e de origem granítica, abundantes neste percurso. A zona onde surge com mais frequência é ao longo do vale do rio Seia, seguido do vale do Mondego. As ameaças são bem conhecidas, da expansão de áreas florestais de produção aos matagais de espécies invasoras. Ocorre também em prados hidrófilos, associada a giestais de Cytisus multiflorus.

Descrição do Percurso

Com início na entrada norte de Fiais da Telha, o percurso ruma a sul por área florestal até ao estádio de futebol local. Neste ponto de bifurcação, aconselha-se o sentido anti-horário, rumo ao Planalto do Ameai, onde entre lajes e blocos de granito, pinheiros bravos e mansos e vegetação arbustiva, surgem relíquias arqueológicas de um passado pré-histórico. Primeiro, o Abrigo da Orca e, um pouco mais adiante, a monumental Lapa da Orca requer algum tempo para satisfatória apreciação. Continua na senda do megalitismo, passando pelas duas Orcas do Ameai, pelo lendário Penedo da Víbora, pelo Marco Geodésico, onde as vistas se perdem no horizonte, e pela Orquinha da Víbora. Ruma em direção a nascente e ao vale do rio Mondego, serpenteando por caminhos abertos, ladeados de arbustos que na Primavera proporcionam maravilhoso espetáculo de cor, ao florirem. À medida que desce a encosta, tornam-se mais frequentes os eucaliptais de produção e manchas de acácia. Acompanha a margem direita do Mondego, permitindo aqui e ali uma aproximação às suas águas, antes de voltar a subir a encosta, em traçado coincidente com o da GR48. Nesta zona, atente nas flores e procure o raro Narcissus scaberulus.

 

Lapa da Orca/ Orca dos Fiais da Telha

Monumento Nacional desde 1974, é um dos túmulos de maior monumentalidade identificados na região. A câmara funerária, poligonal, é formada por 9 esteios e tem uns impressionantes 3,8 m de altura. O corredor, com 7,6 m de comprimento, mantem 15 esteios, e a mamoa que outrora a cobriu, teria cerca de 21m de diãmetro. Construída no Neo-calcolítico, há cerca de 5500 anos, mantém a laje (chapéu) de cobertura, bem como algumas das lajes que protegiam a antecâmera e o corredor.

Nível de Dificuldade

2

Informações

Adversidade do Meio: 2
Orientação: 2
Tipo de Piso: 2
Esforço Físico: 3
Dólmen da Orca | Monumento Nacional, R. 1, 3430 Carregal do Sal