Pontos de Interesse
1 – Antiga estação ferroviária de Arcozelo das Maias;
2 – Troço da ecopista do Vouga;
3 – Castro da coroa;
4 – Quedas de água da foz da ribª da Levandeira;
5 – Cadavau;
6 – Mina dos mouros
7 – Ponte e parque do rio da Gaia
8 – Marmita do poço Mourão
9 – Estrada real e ponte de coifas
10 – Moinhos abandonados
11 – Casas antigas de granito
Quatro Estações, Quatro Rios
Escondido por um frondoso e multicolor bosque ribeirinho, o curso do rio Gaia, que o percurso acompanha ao longo de cerca de 3km, transforma-se numa autêntica viagem de exploração por um mundo natural cada vez mais raro. No bosque que o envolve encontram-se algumas das mais preciosas espécies arbóreas do País; carvalhos, castanheiros, sobreiros ou loureiros. Já no leito do rio, amieiros, salgueiros e freixos formam uma densa galeria ripícola, criando em alguns setores túneis naturais de notável beleza, onde se fazem ouvir algumas das muitas espécies de aves que patrulham incansavelmente o curso de água e as suas margens como o guarda-rios, o rouxinol, o chapim ou o melro.
Trata-se de uma paisagem especialmente sazonal, transformando-se por completo em cada estação do ano.A única coisa que não muda são as construções deixadas pelo Homem, de tempos idos em que o aproveitamento do rio era essencial à sobrevivência das comunidades que se instalaram nas suas encostas.
Descrição do Percurso
É a sul de Vila Chã que damos início à caminhada, passando pela curiosa formação rochosa conhecida por Gruta dos Mouros. Uma passagem que marca o abandono da civilização e o início da jornada pelo mundo natural dos vales, ribeiras e florestas. Em descida, o trilho segue por entre os lameiros da encosta da margem direita da ribª da Lavandeira, mantendo-a no seu encalço quase até à sua foz, afastando-se somente alguns metros para atingir o fundo do vale e atravessar o leito do rio Gaia, em troço coincidente com o do PR2 – Percurso do Gaia. Reencontra a ribª da Lavandeira sob a forma de cascata, precipitando-se de um penhasco para mergulhar nas águas do Gaia, que o trilho acompanhará rumo a norte. Ao longo dos seus meandros, passa por ruínas de moinhos e levadas, numa paisagem em constante mutação, conforme as estações do ano. São muitos os poços, as marmitas de gigante e as pequenas quedas de água ao longo deste troço que culmina na foz do Gaia no rio Vouga. Percorre a aldeia de Farnel o (1) e passa a acompanhar o curso da ribª dos Tombos, cheia de grandes desníveis que criam espetaculares quedas de água, em especial a da Pena Quebrada, antes da reta final do percurso rumo às povoações de Porcelhe, Santa Cruz e Vila Chã.