Pontos de Interesse
1 – Museu do Caramulo;
2 – Jardim – Parque do Caramulo;
3 – Espigueiro;
4 – Capela de São Bartolomeu;
5 – Ponte antiga;
6 – Calçada medieval;
7 – Miradouro – Capela de Santa Lúzia;
8 – Ponte antiga;
9 – Carvalhal
Pelos caminhos da memória
A Rota das Cruzes, além de caminho que permite conhecer as áreas envolventes de várias freguesias serranas, é caminho de memória e de tradição popular e religiosa. E como acontece com quase todas as lendas folclóricas, enevoada é a origem da Festa das Cruzes.
Remetem os ditos populares a um ancestral combate contra uma comunidade moura instalada na serra, desencadeado pelo constante assédio, saque e agressão desta às povoações cristãs fixadas nesta vertente do Caramulo, voltada para a Estrela. Juntaram-se os populares das freguesias de Santiago, Santa Eulália e Castelões, em auxílio aos oprimidos, armados da cabeça aos pés com todo o tipo de ferramentas agrícolas, saindo vitoriosos a muito custo, e não sem intervenção divina. Pronto se dirigiram à Igreja Matriz do Guardão, cumprindo-se desde então a promessa de todos os anos retornar ao local em romaria de ação de graças.
Descrição do Percurso
O percurso parte do Museu do Caramulo em direção ao parque da vila, onde notáveis árvores se exibem, e segue explorando as ruas até chegar a um caminho, singular pela quantidade de cruzeiros talhados em granito, cravados na terra, voltados para a Serra da Estrela. Um pouco adiante, pode fazer um desvio para visitar um espigueiro em Janardo.
Ruma para sudoeste, por caminhos florestais, encontrando um espigueiro e visitando a Capela de S. Bartolomeu, templo para o qual se dirigem os romeiros da Festa das Cruzes. Passa um pequeno fio de água por ponte antiga, em ambiente de extraordinária cenografia natural, e começa uma exigente subida por calçada medieval até Carvalhinhos, onde se recomenda uma pausa junto à Capela de Sta. Luzia para contemplar os horizontes a norte e a nascente. Continua em subida por caminho florestal de grande beleza até à vertente mais ocidental, onde cruza novo fio de água antes de se embrenhar num extraordinário carvalhal, que se encerra numa espécie de túnel cada vez mais raro na nossa floresta. O trajeto é agora paralelo ao da EN230-3, entre pinheiros, carvalhos e castanheiros, até de novo encontrar o Museu do Caramulo.
Museu do Caramulo
Os irmãos Abel e João de Lacerda, filhos do ilustre Jerónimo de Lacerda, o homem que “inventou” o Caramulo ao fundar a Sociedade e a Estância Sanatorial do Caramulo, cresceram numa era de extraordinário progresso médico e científico onde já não havia lugar para sanatórios. Abel era apaixonado pelas artes, João, por carros e pelo mundo automóvel. Juntos, ergueram um dos mais originais museus do País.