Pontos de Interesse
1 – Igreja Matriz de Nagozela ou de Nª Srª da Conceição;
2 – Capela de Sto. Estevão;
3 – Sequeiro;
4 – Ecopista do Dão;
5 – Rio Dão;
À beira Dão há mais de mil anos
Ao longo deste percurso atravessam-se terras de ocupação milenar. Nagozela, aldeia onde o granito da velha arquitetura vernacular se mistura com as modas da construção em betão armado do séc. XX, é ponto de partida para a descoberta de um território com histórias mais antigas que Portugal.
A ribeira que passa no centro da povoação terá sido o eixo de desenvolvimento agrícola deste vale e, segundo relata a história, tudo terá começado com a doação destas terras por um rico casal, o Conde Gonçalo Moniz e D. Mumadona, Infanta de Leão, ao Mosteiro de Lorvão, por volta de 981, a fim de com tão nobre gesto verem os seus pecados absolvidos. Se a absolvição lhes foi concedida jamais saberemos, mas mais de mil anos depois continuam as gentes de Nagozela a tirar partido destas férteis terras na margem direita do Dão.
Descrição do Percurso
O percurso parte do centro de Nagozela, no largo onde se encontra a Igreja de Nª Srª da Conceição e a Junta de Freguesia. Segue rumo a norte, atravessando um parque de manutenção, na berma da ribeira que atravessa a aldeia, e por estrada asfaltada percorre uma zona de campos agrícolas. Ao sair da estrada, sobe por caminho de terra batida em direção à imensa laje granítica outrora usada como sequeiro de cereais. No topo da laje podem-se observar as ruinas graníticas de construções de suporte agrícola e admirar o vale onde se implantou Nagozela. Daqui, segue rumo a este. Antes de se aproximar da margem do Dão, recomenda-se máximo cuidado na travessia de duas estradas com relativo movimento. Entre pinheiros e eucaliptos, sempre por caminhos rurais, atinge-se a Ecopista do Dão, via que se percorre até indicação para descer ao rio. Num lugar de enorme beleza paisagística, com enormes blocos graníticos, destaque para as magníficas marmitas de gigante que aí se formaram.
A etapa de regresso a Nagozela faz-se por entre campos agrícolas e matas de pinho e eucalipto. Ao entrar na aldeia, não deixe de contemplar a vetusta Capela de Sto. Estevão.
Marmitas de Gigante no rio Dão
Num lugar de enorme beleza paisagística onde o rio Dão se curva praticamente 90º, primeiro para a direita e depois para a esquerda, surgem diante de nós magníficos exemplares de marmitas de gigante. Algumas com notória profundidade, outras com diâmetros expressivos. No centro do rio, um bloco completamente erodido por este fenómeno geológico parece saído de uma pintura surrealista.