Pontos de Interesse
1 – Museu do Caramulo
2 – Espigueiro;
3 – Rio de Múceres – Moinhos e quedas de água;
4 – Capela de Múceres;
5 – Centro de Laboração do Linho;
6 – Capela do Menino Jesus de Jueus – Miradouro;
7 – Caramulinho;
8 – Miradouro do Cabeço da Neve (variante)
À descoberta dos segredos do Caramulo
A Grande Rota do Caramulo é a estrutura implantada no território que melhor permite conhecer e descobrir os muitos recantos e segredos do Caramulo, invisíveis quando observados do topo da serra, em miradouros tão icónicos como o do Caramulinho (1074 m) ou o do Cabeço da Neve (995 m), e inalcançáveis quando observados das quotas mais baixas do Vale de Besteiros, apesar das magnificas perspectivas para a cumeada pedregosa que se eleva, como um muro, com orientação nordeste-sudoeste.
Aproveita parte dos traçados de quatro percursos pedestres: do PR1 TND – Rota dos Laranjais, do PR2 TND – Rota do Linho, do PR3 TND – Rota das Cruzes e do PR4 TND – Rota dos Caleiros. Apenas três troços se escapam a estes traçados. Um entre Janardo e Figueiral, outro entre Múceres e Jueus, e um terceiro, correspondente à variante da GR, que permite a descoberta do Cabeço da Neve.
Descrição do Percurso
Com início no Museu do Caramulo, a primeira etapa da GR explora a vertente mais povoada da serra, aproveitando parte do traçado da Rota dos Laranjais para descobrir a vila do Caramulo, os espigueiros de Janardo e a arquitetura religiosa e vernacular de Figueiral, Vila de Rei, Rocio e Quintal. Quase sempre por caminhos agrícolas ou florestais, observam-se os diversos tipos de cultivo das hortas locais e pequenas manchas de floresta que em alguns espaços formam extraordinárias relíquias naturais. A etapa rumo a Múceres, além da floresta, encontra o líquido que lhe dá vida, a água, e as fortes correntes que durante séculos moveram os rodízios dos moinhos que agora vigiam os leitos, em repouso. Já de Múceres a Jueus, percorre os caminhos florestais mais selvagens e isolados.
À medida que sobe a serra, abrem-se janelas paisagísticasde beleza ímpar e grandes blocos de granito começam a surgir, assumindo o Caramulinho o centro de todas as atenções com a sua curiosa forma piramidal. Pela cumeada retorna-se à vila do Caramulo, podendo optar pela variante GR53-1 antes de Cadraço e descobrir o miradouro do Cabeço da Neve e a floresta de coníferas que o guarda.
A flora do Caramulo
O Caramulo é uma montanha feita de contrastes que geraram especial biodiversidade, transformando-a num oásis florístico com 5 endemismos lusitânicos e 27 ibéricos. A floresta é dominada por pinheiro e eucalipto, mas árvores antigas ainda resistem: aveleiras, castanheiros, medronheiros, loureiros e carvalhos. O pilriteiro é o arbusto predominante e o loendro mereceu a criação de uma Reserva. Entre as flores, procure o raro e exclusivo Narcissus x caramulensis e a carnívora Pinguicula lusitanica.