Nível de Dificuldade

Distância

Duração

Desnível Acumulado

Tipo de Percurso

14,14 km

4h45

+641m

Circular

Pontos de Interesse

1 – Ponte Romana de Manhouce; 2 – Ribeira de Manhouce; 3 – Poço da Silha; 4 – Ribeira da Vessa; 5 – Parque de merendas de Alagoa; 6- Gestosinho;  7 – Ponte medieval sobre a ribª da Bondança; 8 – Bondança;  9 – Salgueiro; 10 – Ribeiro Muro; 11 – Malfeitoso; 12 – Lageal; 13 – Igreja Matriz de Manhouce

Pelo coração do maciço da Gralheira

É no extremo ocidental do concelho de São Pedro do Sul que se encontram as terras altas de Manhouce, em pleno Maciço da Gralheira. Nesta região montanhosa, com um passado muito antigo, encontraram-se vestígios arqueológicos que atestam povoamentos do Neolítico, da Idade do Bronze, da Idade do Ferro e do período Romano. Já o topónimo Manhouce, parece advir do termo manha (terra inculta, baldio) ou de uma variação de amanhouce (terra amanhada).

A Ponte de Manhouce, construída pelos romanos entre o séc. li a.e. e o séc. 1 d.C., integrava a Via Cale, a Estrada Imperial que ligava Emérita Augusta (Mérida) a Bracara (Braga), com passagem por Viseu. Uma via que adiante na história ficaria aqui conhecida como a estrada dos almocreves, os itinerantes comerciantes que da Idade Média ao séc. XX ligaram gentes, culturas e territórios com as suas histórias e mercadorias .

Descrição do Percurso

O percurso parte de Manhouce rumo às paisagens de altitude do Maciço da Gralheira, a noroeste. Segue pela EM612 até se escutar o enérgico som da água. A montante da ponte rodoviária observa-se a Ponte Romana da antiga Via Cale; a jusante, a magnifica garganta da ribeira de Manhouce, com um antigo moinho e sua levada. Adiante, descobre a ribeira da Vessa, na qual se encontra o Poço da Si lha, e a sua frondosa galeria ripícola. À medida que vai subindo, os carvalhos vão desaparecendo e dando lugar aos pinheiros até, eventualmente, um enorme caos de blocos graníticos assumir as responsabilidades paisagísticas, criando panoramas verdadeiramente inspiradores e, nos dias frios, cortantes. Nesta zona de altitude é comum aparecerem as ágeis vacas Arouquesas. Estamos em zona de lobo ibérico e de aves rapinas, onde sempre há algum animal atento aos acontecimentos. O percurso parte agora à descoberta das várias aldeias de altitude do Maciço da Gralheira, com as suas arquiteturas vernaculares em granito e os cenográficos socalcos agrícolas. A água escorre um pouco por toda a parte, pelos caminhos e pelas encostas. De Gestosinho avança até Bondança, depois Salgueiro, Malfeitoso, Lageal e, de novo, Manhouce.

Cultivo em socalcos

É uma ancestral técnica agrícola empregue em terrenos de elevada inclinação. Utilizada pelos habitantes das aldeias do Maciço da Gralheira, proporciona hoje paisagens agrícolas únicas, autênticos exemplos da capacidade de adaptação do ser humano aos mais desfavoráveis meios. Os socalcos eram construídos através do parcelamento de rampas niveladas. Primeiro escavavam-se os solos, depois deslocavam-se as terras e, finalmente, estabeleciam-se os aterros ou taludes onde então se cultivava.

GRAUS DE DIFICULDADE

Adversidade do Meio

2

Tipo de Piso

3

Orientação

3

Esforço Físico

3