Nível de Dificuldade

Distância

Duração

Desnível Acumulado

Tipo de Percurso

9,87 km

3h15

+353m

Circular

Pontos de Interesse

1 – Largo do Paço e Paço dos Cunhas; 2 – Casa de Santar; 3 – Igreja da Misericórdia; 4 – Vinhas; 5 – Igreja Matriz de Santar; 6 – Casa das Fidalgas; 7 – Casa do Soito; 8 – Vinhas; 9 – Rio Dão; 10 – Calçada Romana; 11 – Lagareta Medieval

As nobres terras do Dão

Santar é terra de grandes vinhos, de nobres casas senhoriais e de curiosos episódios da história portuguesa. É por isso necessário falar dos Cunhas e do seu Paço, cuja construção remonta a 1609, ordenada por D. Pedro da Cunha, aproveitando algumas estruturas já existentes de um paço medieval. D. Pedro era o donatário dos concelhos do Barreiro, Senhorim e Óvoa e fidalgo da casa de D. Filipe II (1578-1621).

Após a sua morte, em 1620, herda a propriedade o seu filho D. Lopo da Cunha, também partidário dos Filipes. Um ano após a Restauração da Independência, em 1641, D. Lopo da Cunha é obrigado a fugir para Espanha depois de ter participado ativamente numa conspiração contra D. João IV e a nova monarquia. Todos os seus bens foram confiscados e o Paço abandonado. Dos Cunhas, nunca mais se soube nada. No início do séc. XX foi vendido a José Caetano dos Reis e parcialmente recuperado.

Descrição do Percurso

O percurso parte do Largo do Paço dos Cunhas e atravessa a vila em direção à vistosa Casa de Santar. A Igreja da Misericórdia marca o fim da travessia urbana e o início da imersão nas vinhas do Dão de Santar, pontuadas aqui e ali por pinheiro manso e bravo, oliveiras e carvalhos. Neste setor, o percurso faz uma espécie de U, regressando à vila por caminho paralelo, mas antes do retorno, não perca as espetaculares perspetivas para a Serra do Caramulo, elevada acima da ampla extensão de vinhas e do casario de Santar.

Passa pela Igreja Matriz, pela Casa das Fidalgas e pela Casa do Soito até de novo se afastar da vila, rumo ao leito do rio Dão, entre propriedades dedicadas à vinha e mais adiante, já na encosta descendente, em área de pinhal. Recomenda-se atenção na passagem pela pedreira que antecede a chegada ao Dão.

Acompanha o Dão embrenhado na sua frondosa galeria ripícola até à ponte da EN231, onde flete à direita para de novo subir a encosta, mas agora através de uma antiga calçada de origem romana. Antes do retorno a Santar, um pequeno desvio mostra-lhe uma Lagareta Medieval.

Casa do Soito

Construída no séc. XVIII ao estilo maneirista e barroco, era pertença da família Coelho do Amaral, a mesma que no séc. XX adquiriu o arruinado Paço dos Cunhas. A fachada principal, muito decorada, está repleta de vãos moldurados, na porta e nas janelas, com elementos curvilíneos de belo pormenor. A cornija, peculiar, eleva-se em arco acentuado de forma a acolher o brasão da família. No jardim, duas extraordinárias palmeiras mantêm guarda à casa.

GRAUS DE DIFICULDADE

Adversidade do Meio

1

Tipo de Piso

2

Orientação

2

Esforço Físico

3