Nível de Dificuldade

Distância

Duração

Desnível Acumulado

Tipo de Percurso

31,5 km

10h30

+1332 m

Linear

Pontos de Interesse

1 – Serra de São Lourenço – Marco Geodésico; 2 – Miradouro; 3 – Alto da Maga – Castro; 4 – Mões; 5 – Ribolhos; 6 – São Domingos – Miradouro; 7 – Ponte Pedrinha – Rio Paiva; 8 – Calçada Romana; 9 – Igreja Matriz de Castro Daire; 10 – Bairro da Ferraria; 11 – Jardim Municipal; 12 – Largo da Feira das Vacas; 13 – Canada; 14 – Miradouro; – Serra do Montemuro e rio Vidoeiro; 15 – Poldras do Meio – Rio Vidoeiro; 16 – Vilar; 17 – Cruz do Rossão

O mais curioso espetáculo pastoril da terra portuguesa

Os mais de 30 km de caminhos percorridos ao longo desta Grande Rota ficam muito aquém da imensidão de quilómetros percorridos por ovelhas e pastores nas tradicionais rotas de Transumância. Uma prática ancestral, conhecida documentalmente desde a Idade Média, mas porventura tão antiga quanto a relação do ser humano com estes animais. A Transumância é, sem dúvida, um dos maiores movimentos nómadas realizados pelo Homem. Consiste na mobilização de rebanhos, por norma sazonal, entre as pastagens de Inverno e de Verão e vice-versa. Pastores e animais caminhando e deslocando-se ao sabor das estações e com eles, alterando as paisagens naturais, sociais e culturais dos territórios percorridos. Em Castro Daire, terra enraizada nesta tradição secular, existem imensas estruturas que outrora suportavam estas massivas deslocações: abrigos para pastores e gado, canadas e lameiros. Ao maioral, líder dos pastores em transumância, cabiam as responsabilidades logísticas e de comando do maior movimento nómada conhecido em Portugal.

Descrição do Percurso

A GR52 parte das imediações de Casais do Monte, seguindo pela cumeada da serra de S. Lourenço por trilhos com panoramas para todos os quadrantes, limitados no horizonte pela altura e vastidão das serranias do centro norte de Portugal. Avança pelas povoações de Mões, Pereira, Casais de Dona Inês e Ribolhos, descendo depois até ao vale do rio Paiva. Atravessa o rio pela ponte da N2 e sobe por uma bem preservada calçada romana até ao centro histórico de Castro Daire, permitindo a descoberta das suas riquezas patrimoniais. Afasta-se da urbe, por caminhos entre campos agrícolas e pinhais, e sobe uma ligeira encosta, no topo da qual se têm belos panoramas para as serras da Freita e da Arada, bem como para o vale do rio Vidoeiro. Ao passar as poldras do rio Vidoeiro, inicia a mais exigente e espetacular etapa, a da subida ao Montemuro. A paisagem periurbana de Castro Daire dá lugar às encostas despidas de floresta, exaltadas na primavera por uma multitude de cores criadas pelas flores da giesta, do rosmaninho, da urze e da carqueja. Passa pela aldeia de Vilar, culminando na chegada à Cruz do Rossão, onde as paisagens são de espetacularidade indescritível.

Serra do Montemuro

Dizia Amorim Girão em 1940 que era A mais desconhecida serra de Portugal. E muito provavelmente, a oitava serra mais elevada de Portugal Continental (1381m), ainda o é. Talvez por isso mesmo seja hoje o principal refúgio, a par das serras da Freita e Arada, das precárias comunidades de lobo a sul do Douro. Compreende-se justamente entre o rio Douro e o rio Paiva, separando as regiões do Douro Litoral e da Beira Alta com a sua altitude média de 838m e o seu austero aspeto pedregoso.

GRAUS DE DIFICULDADE

Adversidade do Meio

1

Tipo de Piso

2

Orientação

2

Esforço Físico

4